Hoje Há Circo Em Torgo inventa uma pequena urbe do Nordeste para nela depositar a mais candente imagem de uma realidade que foi assim mesmo há poucas décadas – um povo e um país salazaristas, sem coragem para serem outros, porque mesquinhos e sórdidos na pacatez de uma ruralidade fatalista e fora de tempo. Situacionistas e adeptos do reviralho oposicionista convivem mais do que se enfrentam, como duas faces de um mesmo rosto secular, irremediavelmente gasto e desiludido, ambos crentes no seu ar de senhores no meio de uma imensa mole humana desnutrida de bens e ideias. O Portugal profundo de sempre.
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